Conferência Livre de Mulheres da Renfa: mulheres e políticas de drogas
Realizamos, no dia 2 de agosto, a Conferência Livre de Mulheres da Renfa. O evento recebeu 269 inscrições e contou com 119 participações, em uma manhã de sábado, para discutir drogas, saúde e meio ambiente sob uma perspectiva de gênero.
O evento foi coordenado pela ativista Lauana Chantal (MG), que passou a palavra para Luana Malheiros (BA), onde refletiu sobre “como a guerra às drogas impacta a possibilidade de intervenção das pessoas afetadas por ela de intervir na política pública, bem como, o etnocídio das narrativas dissidentes e que mais produz o encarceramento de mulheres e o genocídio da população negra.”
Durante o evento, discutimos três eixos que são fundamentais:
- O eixo 1 debateu a questão da saúde mental e a importância da redução de danos neste processo de pensar políticas de drogas.
- O eixo 2 discutiu, a partir dos seus territórios, onde é necessário viver com equilíbrio e onde todas são prejudicadas pela emergência climática, não sendo só sobre preservar, mas sobre viver em equilíbrio com a natureza.
- O eixo 3 pautou a questão da importância da interseccionalidade das mulheres negras e trans para pensarmos sobre as políticas de drogas. Foram debatidas questões como violência, políticas antiproibicionistas, e sobre o cuidado para minimizar ações punitivistas.
* Proporção de pessoas participantes da conferência por cor, etnia e orientação sexual
Do acúmulo, foram eleitas três delegadas para representar as propostas discutidas na Conferência de Mulheres que ocorrerá em Brasília nos dias 29 de setembro a 1º de outubro de 2025, em Brasília, com o tema "Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas". O eixo 1, relativo a saúde mental e redução de danos, ficou com a representação da ativista Maria Daniela (PE) e suplência de Ártemis Garrido (MG). Para o segundo eixo, sobre os atravessamentos da questão ambiental, Juma Santos (DF) foi escolhida delegada, e Estefany Moura (SC), sua suplente. O terceiro eixo, sobre antiproibicionismo e desencarceramento, escolheu, respectivamente Manoela Andrade (PE) e Leidi Bomfim (BA).
A RENFA agradece a todes ativistas que fazem parte ou não da nossa Rede, pela disponibilidade e vontade de construir em conjunto. É disso que estamos falando quando afirmamos: “Nada sobre nós sem a nossa participação!”
Deixe o seu comentário
© 2024