A RENFA participou em peso da segunda Marcha das Mulheres Negras em Brasília: ativistas da RENFA de diversas regiões somaram presença, cuidado e coragem coletiva.
Dez anos após a sua primeira edição, a Marcha das Mulheres Negras aconteceu na terça 25 de novembro, com o tema “Por reparação e bem viver”. A marcha reuniu cerca de 300 mil pessoas rumo à Esplanada dos Ministérios. A RENFA esteve presente, ocupando a capital com força, afeto e estratégia.

A ativista do núcleo Pernambuco da RENFA, Manoela Andrade, na Marcha das Mulheres Negras 2025 em Brasília.
Cerca de 300 mil pessoas marcharam em direção à Esplanada dos Ministérios.
Entre as reivindicações, está a indicação da primeira mulher negra para o STF.
O dia começou com a solenidade em homenagem à Marcha das Mulheres Negras na Câmara dos Deputados, reafirmando nossa presença institucional e a centralidade das mulheres negras na disputa por um novo modelo de país. Em seguida, seguimos juntas para a Marcha, levando nossos corpos, vozes e territórios para denunciar o racismo, a violência do Estado e os danos do proibicionismo que atravessam nossas vidas.
E enquanto marchamos, outra parte da nossa delegação seguiu em incidência política no Congresso. Ao longo dos meses anteriores, construímos o Comitê Antiproibicionista, pautando o debate sobre a política de drogas e seu impacto na vida das mulheres negras.
Ativistas da RENFA durante a segunda Marcha das Mulheres Negras, em Brasília.
O Comitê Antiproibicionista surgiu a partir de um chamado da RENFA, que convidou mulheres de todo o país a se conectarem e fortalecerem a pauta antiproibicionista e antipunitivista na Marcha das Mulheres Negras 2025. A proposta nasceu da necessidade de fazer ecoar as vozes das mulheres negras nos debates sobre política de drogas, segurança pública e direitos humanos com coragem, afeto e perspectiva feminista.
É um espaço de resistência, formulação e afirmação de que não há futuro feminista enquanto existir guerra às drogas.

Keit Lima, vereadora pela cidade de São Paulo e ativista do núcleo RENFA SP exibe a Carta-Manifesto do Comitê Antiproibicionista durante a Marcha das Mulheres Negras, em Brasília.
Entregamos nossa Carta-Manifesto, fruto de uma construção coletiva, com propostas por uma nova política de drogas e de segurança pública centrada na vida. Dialogamos com parlamentares e insistimos para que o Parlamento enfrente os retrocessos da PEC 45, do PL das Comunidades Terapêuticas e do PL Anti-Facção.
Leia na íntegra a Carta-Manifesto do Comitê Antiproibicionista da Marcha das Mulheres Negras 2025 clicando aqui.
Seguimos fazendo o que sabemos fazer: lutar, cuidar e tensionar.
Nada sobre nossas vidas será decidido sem nós.
*Crédito das fotos: Fran Silva
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